O fim do telefone público

Qual a última vez que você usou um orelhão? No dia 23 de maio, Nova York desconectou seu último telefone público de moedas. Elas foram substituídas por terminais de Wi-Fi gratuitos pela cidade.
Os telefones públicos passaram a desaparecer da cidade americana no início dos anos 2000, conforme os celulares se popularizavam. A partir de 2010, com o surgimento dos smartphones, o processo se acelerou. É o fim de uma era? Quase! Existem alguns aparelhos ainda espalhados pela cidade, inclusive, quatro cabines telefônicas estilo Super-Homem no Upper West Side que continuarão ativas como registro histórico da cidade.
Além de Nova York, Madrid também deve retirar todos os telefones públicos até o final de 2022. O governo de lá decidiu que a partir de agora os aparelhos não serão mais considerados um serviço público mandatório e poderão ser retirados. A capital espanhola será uma das primeiras cidades a derrubar suas cabines, que até dezembro de 2021 eram cerca de 2 mil espalhadas pela metrópole.
No Brasil, cinquenta anos após sua criação, os “orelhões” são usados 1 vez a cada 14 dias. A geração Z desconhece o antigo hábito de comprar moedas ou cartões telefônicos para pegar fila nos aparelhos que existiam em quase todas as esquinas das cidades. Nos dias de hoje, eles utilizam seus iPhones cheios de acessórios para se comunicar, inclusive, fazendo ligações telefônicas!
A cidade de São Paulo possui 6.958 telefones públicos atualmente, uma redução de 82,6% comparada há três anos, quando haviam mais de 40.000 unidades pela metrópole. As operadoras não são mais obrigadas a instalar telefones conforme o número de habitantes das cidades, conforme a lei previa até o início dos anos 2010.
Em um futuro não muito distante, passaremos a ver telefones públicos somente em museus. Inclusive, as cabines retiradas no dia 23 de maio já se dirigiram para um museu de Nova York para serem apreciadas pelos saudosistas e nostálgicos.
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